Por Emerson Luchesi
Quem não gosta de um cafezinho logo pela manhã para despertar e começar bem o dia? Seja feito tradicionalmente, coado em casa ou processado por uma cafeteira, várias são as maneiras de prepará-lo e consumi-lo. Ora no trabalho, na pausa para o café ou no encontro com alguém na casa de um amigo, de um familiar ou em uma cafeteria, o café torna-se praticamente indispensável para socializar. Toda hora é hora de degustar um bom café!

O Brasil é líder na produção de café e um dos principais consumidores e exportadores desse produto apreciado mundialmente. Preparada com grãos torrados e moídos de frutos que apresentam o formato de cereja, a famosa bebida quente é degustada em todo o mundo e está presente todas as manhãs nas xícaras de milhões de brasileiros.
Advindo do continente africano, o café chegou ao Brasil em meados do século XVIII e foi cultivado, inicialmente, na região norte do país. O clima favorável em outras regiões fez com que o cultivo do produto se espalhasse principalmente no sudeste, tornando-o parte da cultura brasileira e um dos grandes expoentes da indústria e da economia do país.
Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia são alguns dos estados que mais produzem café no país atualmente.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), em 2021 foram consumidos cerca de 21,5 milhões de sacas de café, mantendo o país na lista dos que mais consomem a bebida no mundo. Ainda em 2021, o Brasil chegou a exportar cerca de 40,4 milhões de sacas de 60 kg de café revelando-se grande potência na produção, no consumo e na exportação do grão no mundo.
Já parou para pensar sobre a forma como esse produto é produzido até chegar à sua xícara todos os dias?
O processo de produção do café envolve muitas etapas desde o cultivo inicial da planta até chegar à xícara de milhões de pessoas diariamente. Para ser consumido, além de investimento no cultivo é preciso atenção às etapas de colheita, secagem, beneficiamento, torra e moagem dos grãos para comercialização.
Com relação ao cultivo da planta, durante seu crescimento são necessários cuidados pré e pós-colheita, incluindo o controle de pragas que acometem a lavoura, o processo de adubação e cuidado com o solo, a realização de eventuais podas para o fortalecimento do pé de café etc.

Assim dizendo, para que o café chegue aos nossos lares e seja apreciado com a devida qualidade, há um longo processo de cuidados indispensáveis à lavoura. Tudo para que a plantação se desenvolva e produza bons frutos, garantindo a produção de grãos de qualidade.
Produtividade e sustentabilidade
Assumindo um compromisso de preservação ambiental e responsabilidade social, a cultura sustentável tem contemplado a produção do café brasileiro através de várias atividades sustentáveis. Desde a preocupação constante com a preservação de nascentes e rios até o cuidado com o solo, destacam-se as práticas de utilização de matéria orgânica no processo de adubação e o controle biológico de pragas ao invés do uso de agrotóxicos nocivos na lavoura.
Além disso, garantir o bem-estar dos colaboradores envolvidos em todo o processo produtivo do café também faz parte da cultura sustentável, um conjunto de práticas e atitudes em empresas que são cada vez mais notadas e exaltadas por consumidores responsáveis por adquirir produtos com certificados de sustentabilidade, inclusive o imprescindível cafezinho de todo dia.
O que é o conceito de “café sustentável” e como é o seu modo de produção?
O café sustentável é aquele cuja produção leva em consideração o equilíbrio ambiental, social e econômico garantindo a preservação dos recursos naturais, o bem-estar das comunidades envolvidas e a viabilidade financeira do negócio. Ou seja, é produzir com consciência, se preocupando com os cuidados relacionados ao meio ambiente e com a responsabilidade em garantir o bem-estar dos trabalhadores envolvidos, bem como de suas famílias.
Muitos empreendimentos da agricultura e, especificamente, da cafeicultura investem na cultura sustentável por conta da alta demanda do mercado. Cada vez mais o consumidor tem se preocupado em adquirir produtos de alta qualidade, de comprovada procedência e com certificação de práticas sustentáveis.

Uma das marcas que tem se comprometido com essa cultura é a Cafés Pagliaroni, que prioriza os princípios da sustentabilidade em todas as etapas do processo produtivo, desde o cultivo até a comercialização do café.
Marco Aurellio Pagliaroni, sócio administrador e fundador da marca, revela que na produção sustentável de café são utilizadas práticas agrícolas responsáveis, como o manejo adequado dos recursos hídricos, o uso racional de insumos, a preservação da biodiversidade e a redução da emissão de gases de efeito estufa. “Os Cafés Pagliaroni são cultivados em fazendas que seguem rigorosos padrões de sustentabilidade, garantindo um produto de alta qualidade e com menor impacto ambiental”, destaca o empreendedor.
Empreendedorismo, tradição e sustentabilidade
Localizadas ao norte do estado de São Paulo, as fazendas de café Pagliaroni situam-se na região da Alta Mogiana, conhecida por seu solo fértil e clima ideal para a cafeicultura. Dentre as diversas variedades existentes na espécie café Arábica (Coffea arabica), as Fazendas Pagliaroni cultivam as seguintes: Bourbon Amarelo, Bourbon Vermelho, Catuaí Amarelo, Catuaí Vermelho, Obatã e Mundo Novo.
“Ao adotar práticas sustentáveis, os Cafés Pagliaroni contribuem para o desenvolvimento socioeconômico das regiões produtoras e a conservação dos recursos naturais, e o retorno disso é visto a longo prazo”, ressalta Marco Aurellio.
Todavia, para obter a certificação de qualidade de um café sustentável é necessário que o processo de produção esteja realmente dentro dos padrões exigidos pelos órgãos certificadores.
Os Cafés Pagliaroni possuem o certificado Rainforest Alliance, uma organização reconhecida internacionalmente que trabalha para conservar a biodiversidade e garantir meios de subsistência sustentáveis para as comunidades envolvidas na produção de bens agrícolas como o café. Esse selo é uma garantia de que as fazendas, lavouras e processos de produção seguem as melhores práticas ambientais e sociais.
“Ao obter esse certificado, demonstramos nosso compromisso em proteger os ecossistemas, conservar a biodiversidade e apoiar as comunidades locais que fazem parte da cadeia produtiva do nosso café. Além disso, esse selo também assegura aos nossos consumidores que nossos produtos são provenientes de uma produção responsável e ética, que valoriza a preservação do meio ambiente e o bem-estar das pessoas envolvidas”, explica o sócio administrador.
Sustentabilidade de aguçar o paladar
O diferencial do café produzido de modo sustentável também é identificado no gosto do produto. Segundo Marco Aurellio, o café produzido de maneira sustentável pode apresentar um sabor mais equilibrado e complexo, já que as práticas adotadas favorecem a preservação da biodiversidade e a saúde do solo.
“Na Cafés Pagliaroni, nosso compromisso com a sustentabilidade não compromete a qualidade, pelo contrário, acreditamos que a sustentabilidade e a qualidade estão intimamente relacionadas. A adoção de práticas sustentáveis em nossas fazendas resulta em um café mais saudável, com uma complexidade de sabor que reflete o cuidado e a atenção que dedicamos à produção”, explica.
Além disso, o fundador da marca destaca que a sustentabilidade também envolve a valorização das pessoas envolvidas na produção, o que pode se traduzir em um café feito com mais amor e dedicação, proporcionando uma experiência única aos consumidores. “É um diferencial enorme ter um time de funcionários que abraçam a causa sustentável e que também são valorizados por isso”, comenta.
A marca também é conhecida por sua seleção de cafés especiais, grãos em destaque por apresentarem alta qualidade, sabor e aroma excepcionais. “Nossos cafés especiais são cultivados em fazendas próprias onde empregamos técnicas avançadas de cultivo e colheita para garantir que apenas os melhores grãos sejam selecionados. Estes cafés do tipo especiais são o resultado das atividades sustentáveis “, destaca.

Uma avaliação criteriosa do produto é necessária para se obter a classificação “café especial”. Marco Aurellio explica que grãos da Cafés Pagliaroni “são classificados de acordo com os critérios da Associação de Cafés Especiais (SCA), que avaliam atributos como aroma, sabor, corpo, acidez, doçura, equilíbrio e finalização. Os grãos que alcançam uma pontuação igual ou superior a 80 pontos (em uma escala de 100) são considerados cafés especiais”.
Qualidade e responsabilidade
Desde a produção até chegar ao consumidor, atitudes de cultura sustentável garantem alta qualidade nos produtos de empresas que visam o desenvolvimento econômico, ambiental e social com responsabilidade, ética e compromisso em prol do nosso planeta e da humanidade.
Cabe ao consumidor fiscalizar o tipo de produto que está consumindo, adquirindo aqueles que possuem selo de responsabilidade ambiental e social, pois prezam pela qualidade e são criteriosamente avaliados por órgãos certificadores.
Então já sabe! Na hora de comprar aquele café especial, quando pedir o espresso nas pausas do cotidiano, informe-se e opte por grãos sustentáveis. Vale a pena ficar de olho na forma como são produzidos, dando preferência às marcas responsáveis e comprometidas verdadeiramente com produtos sustentáveis de alta qualidade.
Se você ficou com vontade de provar o café Pagliaroni, há uma cafeteria em São Carlos e outra em Ribeirão Preto: