Por Emerson Luchesi
A tecnologia e a inovação têm avançado em diversos segmentos, inclusive se destacando no mercado pet, um setor em grande expansão nos últimos anos. E não é para menos, os pets estão cada vez mais presentes nos lares brasileiros e conquistando um espaço nunca visto, resultando em uma crescente demanda por soluções criativas. Em atenção a isso, há uma variedade de startups surgindo com diferentes propostas visando beneficiar os animaizinhos e os tutores.
Esses empreendimentos são conhecidos como pet techs: empresas que aliam o desenvolvimento tecnológico às necessidades do nicho de animais de estimação, oferecendo múltiplos produtos e serviços pensados a este potencial mercado. Planos de saúde, soluções para transporte, banho e tosa, alimentação, estética, segurança e proteção para os pets: essas são apenas algumas áreas que têm estimulado o crescimento do segmento e, consequentemente, a oferta das pet techs.
A Petlove é um exemplo desse grupo, sendo o maior petshop on-line do Brasil. A startup pioneira do ramo oferece opções que englobam desde alimentação e acessórios até serviços de veterinária e hospedagem animal, inovando por meio da venda física e remota há muitos anos.
No que diz respeito à saúde dos pets, vale destacar o produto com tecnologia internacional FitBark. Trata-se de um dispositivo inteligente acoplado à coleira, o qual, por meio de um aplicativo instalado em um smartphone, fornece informações sobre a saúde, o bem-estar e os níveis de atividades físicas desenvolvidas pelo animal, de acordo com seu porte. Assim, é possível monitorar os dados a distância e a qualquer momento.

Além dessas perspectivas, investir na segurança dos nobres companheiros tem sido uma das grandes apostas de novas pet techs brasileiras. E, para entender um pouco mais sobre o segmento, conhecemos uma jovem startup são-carlense que investe em tecnologia e inovação para a proteção dos pets: a Pitpet. A empresa oferece uma solução direcionada a uma questão muito sensível aos tutores: o sumiço dos animaizinhos de estimação.
Tecnologia e criatividade em prol da segurança e proteção dos pets
Lidar com o desaparecimento de um pet não é nada fácil. Quem tem em casa algum animal doméstico sabe bem do que estamos falando. Certamente você já deve ter passado por uma experiência dessa e sabe o quanto são tensos e angustiantes os momentos longe dos nossos queridos companheiros, sem sabermos por onde andam, por onde começarmos as buscas e a quem recorrermos.
Às vezes uma brecha no portão, ou um descuido na hora do passeio, é capaz de gerar uma dor de cabeça enorme para os tutores e para os bichinhos desaparecidos. A saga pode ser longa: apelos feitos pela internet, nas redes sociais, e até por meio de cartazes nas ruas são algumas das alternativas frequentemente adotadas em busca de uma pista sobre o paradeiro do pet.
No entanto, hoje em dia, com soluções como a oferecida pela Pitpet, ficou mais fácil encontrar o amigo perdido. A startup é um projeto novo desenvolvido há cerca de oito meses pelos sócios Thiago Grassi e Thales Oliveira, em paralelo com as empresas Capiie e ITlabs. Estas duas relacionadas à tecnologia e pertencentes ao último sócio.
A Capiie é uma startup são-carlense que tem como foco o rastreamento inteligente da trajetória do cliente do físico ao digital, através da criação de QR Codes dinâmicos e de uma plataforma digital com geração de dados. Já a ITlabs é uma empresa especializada na construção e desenvolvimento de aplicações web e mobile que otimizam processos.
Segundo Thiago Grassi, foi a partir do trabalho realizado pela ITlabs, que está no ramo de softwares, plataformas e aplicativos há cerca de 15 anos, que os sócios enxergaram uma oportunidade de entrar no segmento de animais de estimação. Assim, unindo os trabalhos desenvolvidos pelas empresas Capiie e ITlabs, os dois empreendedores decidiram apostar em um produto de tecnologia para pets, investindo em uma plataforma digital diferente e inovadora.
De acordo com Grassi, depois de um amplo estudo do cenário mercadológico, foi possível enxergar o diferencial que se poderia ofertar, aliando segurança, praticidade e tecnologia por meio de um item resistente e fácil de usar.

O produto desenvolvido é uma tag que vai na coleira do pet com um QR Code contendo todas as informações necessárias do animal, bem como o contato de seu tutor. A partir da ideia de oferecer um produto e sistema eficiente, a Pitpet investiu em inovação e trouxe um material importado dos EUA que é muito durável e com marcação a laser, tornando a vida útil da tag diferenciada em relação a outros concorrentes.
“Então nós juntamos esses dois produtos: um item com durabilidade, que é a tag, e uma plataforma digital que traz uma experiência única para o usuário”, revela o sócio da pet tech. Segundo ele, o propósito do empreendimento é proporcionar o reencontro com os animais de estimação da maneira mais tranquila possível, de forma prática, ágil e com o auxílio tecnológico.
Como funciona a solução da Pitpet?
Após a aquisição, o tutor deve realizar um cadastro através da plataforma da empresa, fazendo em seguida o escaneamento do QR Code presente na tag, de forma a registrar as suas informações e as do animal por meio do produto e da plataforma. Desta maneira, caso o pet se perca, a pessoa que o encontrar vai escanear o QR Code da tag e esta compartilhará a localização atual do pet no WhatsApp do tutor. “Ou seja, nós apostamos na rede social mais utilizada pelos brasileiros, pois, hoje, 99% dos brasileiros têm WhatsApp, o que facilita a comunicação e o envio de notificações”, ressalta Grassi.
Qualquer pessoa que apontar a câmera do celular para o QR Code da tag da Pitpet terá acesso ao perfil do animal sem a necessidade de baixar algum aplicativo. Assim, quando alguém encontrar um pet e escanear a tag, chegará uma notificação ao tutor dizendo que o bichinho foi encontrado.

“Então, no primeiro momento ela compartilha a localização, e no segundo momento tem acesso às informações do pet e do tutor, como telefone e outros dados pertinentes de contato, proporcionando um reencontro muito mais rápido e tranquilo”, conta Grassi.
A partir das informações disponíveis na tag, a pessoa que achar o pet pode acionar o responsável por meio de uma chamada de vídeo ou voz, via mensagem de texto ou até mesmo devolver o animal diretamente em seu endereço. Através do auxílio da tecnologia, a probabilidade de encontrar o bichinho em caso de fuga ou perda aumenta muito.
Com a solução da Pitpet, acima de 4.000 animais estão protegidos e mais de 100 já foram encontrados.
Atuação no mercado nacional e internacional
Em poucos meses de existência, a startup fundada em São Carlos/SP já sente um crescimento muito positivo. Hoje, com o aumento progressivo do número de animais de estimação nos lares brasileiros, investir em produtos que facilitem a vida dos bichinhos e dos tutores é uma grande vantagem. O destaque ao segmento de pet techs tem alimentado muitos negócios no Brasil afora e revolucionado a relação entre guardiões e seus companheiros.
“Nossa empresa tem praticamente oito meses e já podemos dizer que estamos em 4 regiões nacionais, em 16 estados e em mais de 95 cidades, além da operação em Portugal, com o envio de um lote de 100 unidades que está sendo validado no país europeu. E, por aqui, nós cumprimos muito bem o nosso papel, com canais de vendas, com questão de distribuidoras e o nosso marketplace”, comenta Thiago.

Por meio da sua atuação, a recente startup tem contribuído para a diminuição do grande número de animais perdidos pelas ruas, reduzindo as estatísticas daqueles que não voltam mais para casa. A fim de aumentar a proteção e as chances de encontrar seu pet aventureiro, vale a pena investir na identificação usando a tag da Pitpet. Desse modo, fica mais fácil, prático e rápido encontrar o seu bichinho.
Com o desenvolvimento tecnológico e variadas demandas, muitas novidades surgem com o objetivo de gerar mais comodidade, segurança e conforto para os animais de estimação e seus tutores. Assim, se você tem um animalzinho, é interessante se atentar às constantes inovações desse mercado que não para de crescer.
Atualização: a empresa Capiie não pertence mais a Thales Oliveira.